terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Buccinesi cadutti nela grande guerra


Esta foto foi tirada no interior da Prefeitura da Comune de Buccino e nela consta a relação de soldados que morreram durante a I Guerra Mundial. Nádia identificou o nome do nosso tio Domenico Sacco entre os que foram considerados heróis que tombaram na defesa desse país.


Aqui vemos a placa de mármore, ao pé do monumento em memória aos que caíram pela Itália durante a primeira guerra mundial, em 1917. Entre os mortos, como se pode ver, consta o nome de Domenico Sacco, que provavelmente contava, à época, com apenas 35 anos de idade.

Foto tirada em 31/01/2010, domingo, em frente ao monumento dedicado aos "Buccinese cadutti nella grande guerra". 

Giuseppe Sacco, o pioneiro


Giuseppe Sacco, o pioneiro de nossa família, esposo de Maria Rosa Pacelli, pai de Vincenzo Sacco, Angelo Michelle Sacco e Domenico Sacco. Eram todos nascidos em Buccino, Província de Salerno, Região da Campania. Giuseppe tinha 52 anos quando desembarcou no Rio de Janeiro no dia 08 de agosto de 1898. Veio com seus dois filhos Vincenzo e Domenico (24 e 17 anos respectivamente) a bordo do Vapor Colombo, procedente de Gênova, com outros 480 passageiros. Foi por iniciativa dele que foi criada, em 1906, uma das primeiras fábricas de conserva de pêssego de Pelotas, cujo rótulo original é apresentado neste blog. Tal empreendimento foi depois assumido por Vincenzo Sacco, depois que, em 1915, Giuseppe retornou para Buccino, onde veio a falecer, no dia 23 de junho de 1923, aos 77 anos. Maria Rosa Pacelli, sua esposa, já havia falecido em 22/02/1915 na cidade de Bagé, com 65 anos de idade. Na certidão de óbito consta que era filha de Domenico Pacelli e Rosa Tarozzi. Até hoje não descobrimos porque parte da família (Giuseppe, Vincenzo e Domenico) veio neste vapor, sem os demais membros (Maria Rosa e Angelo Michelle). Esta é ainda uma questão a ser esclarecida.

José Sacco, 9º RI


José Lofrano Sacco portando uniforme do exército (9º Regimento de Infantaria de Pelotas).

Vô José Lofrano Sacco


Foto do José Lofrano Sacco, filho de Vincenzo Sacco e Rachel Lofrano, neto de Giuseppe Sacco, esposo da vó Chiquinha, pai de Marlene e Vicente Sacco. José era funcionário da Rede Ferroviária. Era um artista nas horas vagas. Cantava, ao som de seu violão ou banjo, pintava quadros e era uma pessoa bastante amável. Adorava o carnaval e era membro da famosa "Orquestra típica Rizzolo". Minha vó contava que se apresentou diversas vezes em recitais promovidos pela Rádio Cultura de Pelotas.

Foto de família Vincenzo, Raquel Lofrano e filhos


Esta é uma das raras fotos da famiglia Sacco, sobretudo porque é a única imagem que temos dessa mulher fantástica que foi Raquel Lofrano, minha bisavó, que muito contribuiu para o negócio da fábrica de pêssego de Vincenzo Sacco, que funcionou durante muito tempo na Rua Osório entre as ruas Major Cícero e Senador Mendonça. Este pequeno negócio familiar, que chegou inclusive a exportar compotas para a Itália, em 1937, segundo consegui apurar em documentos da Associação Comercial de Pelotas, foi responsável pelo sustento dos membros da família Sacco. Lamentavelmente não temos nenhum rótulo dessa época. 
Atrás do casal (da esquerda para a direita) estão os três filhos: José Sacco, meu avô, nascido em 1904, tio Luís (24/7/1905) e tia Celina, nascida em 1906. Tia Celina, segundo contava a minha vó Chiquinha, era conhecida como a "Rainha da Rua Osório" pela sua beleza. Os três irmãos nasceram em Herval e, segundo minhas pesquisas, só vieram para Pelotas em 1907.

Foto Vô Vincenzo



Foto do Vô Vincenzo, meu bisavô, nascido na Comune de Buccino, Província de Salerno, Região de Campania, Sul da Itália, em 3 de fevereiro de 1874,

Rótulo das Conservas de pêssego José Sacco & filhos


Eis aqui uma relíquia familiar descoberta, muito recentemente, por minha filha Giullia, Trata-se do rótulo da indústria de conservas fundada pelos nossos ancestrais, em 1906, quais sejam,  meu trisavô, Giuseppe Sacco e seus filhos (Vincenzo e Domingos Sacco). Mas penso que devemos reverenciar  também a memória de Maria Rosa Pacelli, de quem infelizmente não disponho de uma só foto.
Esta senhora era de família importante na Itália. Sabe-se que era tia do Papa Pio XII (Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli, nascido em Roma, em 2 de março de 1876. Havia, inclusive, correspondências enviadas pelo Papa Pio XII aos familiares de Pelotas com o brasão do Vaticano. Lamentavelmente, tudo isso se perdeu, ficando apenas a lembrança do orgulho que sentiam seus parentes aqui em Pelotas. Notem que no selo das conservas a palavra pêssego é escrita com c.
Outro detalhe importante é a localização da fábrica, sito à Rua General Victorino nº 35, e que atualmente corresponde à Rua Anchieta.
Em minhas pesquisas encontrei uma informação interessante no Boletim nº 15, página 7 da Associação Comercial de Pelotas, datado de 04/12/1937. Lá constava que a indústria de Conservas de Vicente Sacco havia exportado para a Itália, entre 28/11 e 04/12, 10 volumes de compotas de pêssego, num total de 273 kg que perfaziam a importância de 965.000 Réis. Ou seja, às vésperas de deflagar-se a II Guerra Mundial, meu bisavô exportava pêssegos em conserva para a pátria-mãe.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Domenico Sacco

Domenico Sacco, ou Domingos Sacco, era o mais jovem dos três irmãos que vieram ao Brasil. O incrível é que voltou para a Itália, ao que parece, junto dos pais, depois de que a fábrica de pêssego estava em pleno funcionamento em Pelotas. Ele morreu em 1917, durante a I Guerra Mundial. Ainda sobre a história de Domenico Sacco, obtive, através de uma página do facebook, maiores informações sobre o dia de sua morte, batalhão a que pertencia, data de nascimento e outras informações (em italiano):
"Soldato 175ª batteria bombardieri, nato il 27 marzo 1881 a Buccino, distretto militare di Campagna, morto il 18 novembre 1917 nel 217º reparto someggiato di sanita per ferite riportate in combattimento." 
Essa foto de Domenico foi por ele enviada da Itália  para o irmão mais velho, Vicente Sacco, que assumiu a empresa que se chamava inicialmente Conservas de Pêssego "José Sacco & Filhos". Ela foi guardada com todo carinho pelo querido primo Fábio Sacco e pela Tia Lea. Segundo o primo Fábio, ela foi dedicada ao irmão Vicente Sacco, que faleceu em 1947. Assim, com a morte deste, findava-se um ciclo de 40 anos dedicados à produção de compotas de pêssego em Pelotas. O ofício de funileiro, tradição na família Sacco, foi assumido pelo saudoso tio Luis Sacco, o mais jovem dos três filhos do primeiro casamento do Vô Vincenzo e que incluia ainda o meu avô José Lufrano Sacco e a querida tia Celina Sacco Braga.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Segundo casamento do vô Vincenzo Sacco

Esta foto foi tirada por ocasião do segundo casamento de Vincenzo Sacco com Maria Raquel Presti (ou como carinhosamente era chamada, vó Marieta). Observem atrás deles as videiras plantadas nesta casa situada à Rua Osório, onde funcionava também a fábrica de conservas de pêssego. Dessa união nasceram dois filhos, Filomena Sacco Müller e Domingos Sacco.